Muito além da cura: o sentido existencial do autocuidado feminino

As mamas simbolizam o amor, o acolhimento, o nutrir da vida, a sensualidade que pode ser imposta ou intrínseca à mulher. Quando o câncer de mama chega de repente, ele não atinge apenas o corpo, mas também o sentido de ser mulher. Ainda que haja a perda de parte da mama em um processo de tratamento, nada do essencial se perde: o feminino continua presente, vivo, habitando o olhar, o gesto e o coração dessa mulher.

Toda mulher tem o direito de reconstruir sua imagem conforme o que fizer sentido para ela, seja de forma estética ou simbólica. A verdadeira reconstrução começa de dentro, quando ela ressignifica sua história e reencontra a beleza de existir em meio às transformações.

A Psicologia Humanista Existencial Fenomenológica reconhece que essa jornada não se trata apenas da cura física, mas de uma reconexão com o próprio ser. É um convite a olhar o corpo com amorosidade, acolher a dor e descobrir que cada cicatriz pode revelar coragem e renascimento.

Entretanto, muitas mulheres já se afastam de si mesmas antes mesmo dos sinais da doença, imersas na correria cotidiana, nas metas, nas exigências e na dupla jornada. O corpo vai sendo deixado para depois e o feminino, silenciado.

É triste perceber como o mundo corporativo tem roubado o tempo, o cuidado e até a saúde das mulheres. É preciso inspirar o mundo a sensibilizar-se também com essa questão, mas isso só será possível quando cultivarmos, primeiro, o nosso próprio amor e cuidado.

Por isso, é urgente retomar o amor-próprio, cuidar de si com ternura e lembrar que a feminilidade não está no padrão, mas na presença. Cuidar-se é um ato de resistência e de amor. É um modo de dizer ao mundo: “Eu permaneço inteira, mesmo em transformação.”

E você não precisa trilhar esse caminho sozinha.
Conte com os profissionais da Life Center Shop para acolher, orientar e caminhar ao seu lado com empatia, respeito e humanidade.

O autocuidado pode (e deve) ser compartilhado.

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